segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Fora do Contexto , do meu e do dele.




" Já fazem dias que não durmo direito e nem sei porque,é como se eu quisesse ficar o tempo toda acordada para contar as horas passando e elas nem passam.. É estranho,mas não consigo pensar um motivo melhor. Sinto a carência palpitar em meu peito e é como se ela me chamasse para uma longa conversa regada a chá,queria manda-lá embora gentilmente,não quero tomar chá com a carência. Solidão é outra que vem batendo a minha porta como vendedora ambulante de produtos que eu não tenho interesse. Ela vem todos os dias,se arrastando,posso ouvir ela chegar,pois com ela sempre chegam suas amigas,as tais lágrimas e os suspiros,que gente chata,não me deixam em paz. Já falei,não tenho tempo para elas,não quero ter tempo para elas. Tem também a vontade , óh vontade , essa sempre que vem me derruba , as vezes ela é tão doce , mas as vezes tão amarga , me deixa com sede , com fome , me faz ansiar pela presença.. Presença? Essa não me visita faz tempo , até sinto saudade dela , já que a saudade está sempre presente. Me sinto fora do contexto , do meu , do dele e delas , da saudade , da presença , da solidão.. Só consigo olhar para as minhas mãos e desejar que outra mão a pegue. A atenção também parou de me visitar , faz dias que ela chega atrasada e se vai antes que eu possa abraça-lá. O amor , fiel amor , sempre presente , sempre pontual , mas tem vezes que ele me faz doer , só me faz doer , mas a consciência me diz que não é culpa dele , que ele é assim , tão rebelde , tão caloroso e ao mesmo tempo , tão forte.Me preocupo tanto em pensar por onde andam todos os sentimentos , que acabo pulando fora da vida , gumpt! Como se quisesse escapar de alguma coisa que eu não sei o que é.. e com essa fugida , eu acabo me deparando mais uma vez , fora do contexto , do meu e do dele .. do dele , porque passo tempo demais pensando o que fazer com as visitas inoportunas e acabo esquecendo,que para mandar elas embora , basta eu olhar nos olhos dele e sorrir. Porque afinal,o contexto do amor , é ele."
TExto de Diandra Elisa, membro da Comunidade TAverna Filosófica.

4 comentários:

Jana Lauxen disse...

Bacana o texto.

Mas te trago uma sugestão: quando ELES baterem na porta, mande dizer que você não está, bêibe.

Beijoca

Jana Lauxen disse...

Aliás!
Quero participar aqui também.
Como faço?

:)

Unknown disse...

Nem poderia deixar de prestigiar vc, Deborah. É um belíssimo texto, carregado de lirismo, saído de um coração que transborda poesia. Belo como um solitário por-do-sol.
Beijos!

Deborah Brandão disse...

Queridos obrigada por prestigiarem o Blog e me fazerem perceber que falhei... colquei o texto e não coloquei o autor, os créditos são para Diandra uma participante da Taverna.